Na avaliação da Saúde Reprodutiva, a fertilidade é definida pela capacidade de gestação até o estágio de viabilidade fetal, ou seja, até o momento que o feto tem maiores possibilidades de se desenvolver sem intercorrências e possa, consequentemente, sobreviver fora do útero.
Em outras palavras, a fertilidade nada mais é do que a capacidade de gerar vida.
Nenhum casal deve ser considerado impossibilitado de gestar, uma vez que os Centros de Medicina Reprodutiva, como a Clínica OrigenRio, viabilizam a gravidez tão esperada através de técnicas de reprodução assistida.
Geralmente, um casal heterossexual é considerado fértil se conseguir uma gravidez com sucesso até um ano de relações sexuais regulares, sem o uso de métodos contraceptivos. Isso se deve a uma matemática simples: A taxa de concepção de um casal heterossexual fértil está em torno de 20%. Portanto, no decorrer de 12 meses, a probabilidade combinada da gravidez ocorrer pode chegar a 93%.
Por isso, se ao final de um ano de tentativas um casal não conseguir engravidar, ele é considerado infétil e deve recorrer a avaliação do especialista em Reprodução Humana.
Para mulheres acima de 35 anos, no entanto, o período de avaliação da saúde reprodutiva deve ser mais precoce, logo, o tempo de tentativas infrutíferas de gravidez por relação sexual cai de 12 meses para 6 meses, para que assim se possa realizar o diagnóstico e possíveis tratamentos com maior rapidez, aumentando as chances de sucesso.
Ao contrário do que o nome sugere, infertilidade não quer dizer incapacidade de engravidar. Nas situações de infertilidade diagnosticada, é preciso buscar ajuda médica especializada para conseguir iniciar a gravidez e levá-la ao término com sucesso.
A infertilidade também é muito mais comum do que você imagina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relatório publicado em 2023, 01 a cada 06 casais apresenta infertilidade com uma prevalência global de 17,5%.
Na região das Américas, por exemplo, foi notado que a infertilidade acomete 20% dos casais e neste grupo as causas são, aproximadamente :
● 30 % para cada gênero
● 40% causas mistas
Independente de qual for a causa, existem tratamentos e procedimentos específicos para aumentar consideravelmente as chances de concepção e gravidez.
Se ao término de um ano tentando engravidar por relação sexual você não obtiver sucesso, provavelmente será necessária ajuda médica especializada. Além disso, nos casos de gestações interrompidas constantemente, também deve-se buscar atenção médica.
Para diagnosticar os motivos iniciais da infertilidade, os médicos fazem uma avaliação completa (anamnese) para montar o seu histórico clínico. É preciso entender há quanto tempo iniciou-se a tentativa de engravidar e se já houve algum tipo de tratamento.
Depois são realizados exames clínicos e laboratoriais com intuito de identificar possíveis causas para infertilidade, sendo avaliada toda anatomia e funcionalidade dos órgãos reprodutores. Entre os exames laboratoriais mais importantes estão o estudo hormonal e um espermograma para avaliar a qualidade do esperma.
Há diversos fatores que podem contribuir para a infertilidade, por isso é preciso estar atento a qualquer mudança e/ou sintoma durante a tentativa de reprodução para que o médico tenha o máximo de informações possíveis.
Principais Questões femininas
● Obesidade
● Baixo peso ou desnutrição
● Exercícios de altíssima performance ou uso de anabolizantes
● Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
● Falência ovariana prematura
● Insuficiência ovariana após quimioterapia, radioterapia ou doenças genéticas
● Aumento da prolactina
● Obstrução ou ausências das trompas
● Endometriose e adenomiose
● Mal formações uterinas
● Miomas ou pólipos uterinos
● Aderências uterinas e pélvicas
● Uretrite ou cirurgias no colo do útero
● Idade biológica avançada (reserva ovariana)
● Aborto de repetição
● Falhas de implantação dos embriões no útero
● Infertilidade sem causa aparente
O ciclo menstrual geralmente dura cerca de 28 dias e sofre a influência de diversos hormônios durante esse período, por isso é importante que cada parte do ciclo funcione perfeitamente. Possíveis desequilíbrios em qualquer uma das fases do ciclo menstrual podem indicar problemas de saúde como ovários policísticos e até mesmo impedir a gestação. As etapas do ciclo podem ser acompanhadas com exames específicos. O ciclo menstrual é dividido em 3 fases:
FASE FOLICULAR
Começa no primeiro dia da menstruação e dura entre 5 a 14 dias. É quando o cérebro aumenta a produção do hormônio folículo-estimulante (FSH), que leva os ovários a desenvolver o folículo e amadurecer seus óvulos, em geral apenas um a cada mês. Durante o crescimento, o ovário começa a liberar uma quantidade maior de estrogênio, hormônio responsável pelo crescimento da camada interna do útero, o endométrio, para deixá-lo preparado para receber o embrião.
FASE OVULATÓRIA
Nesta etapa os níveis de estrogênio continuam aumentando, levando o corpo a liberar um pico do hormônio luteinizante (LH), responsável por selecionar o óvulo mais maduro e fazê-lo sair do ovário. É quando ocorre a ovulação, geralmente por volta do dia 14 do ciclo. Depois de liberado, o óvulo chega às trompas, onde já pode ser fertilizado. O embrião formado pela fecundação do óvulo pelo espermatozoide é então levado através das trompas até o interior do útero, onde ocorre a nidação, para que a gravidez possa se desenvolver.
FASE LÚTEA
A fase lútea ocorre após a ovulação, sendo em geral com a duração fixa de 14 dias. Nesse período o folículo deixado pelo óvulo dentro do ovário começa a produzir uma quantidade maior de progesterona, continuando assim a preparar o revestimento do útero para uma possível implantação. Com os níveis altos de hormônios estrogênio e progesterona nessa etapa, é possível apresentar sensibilidade nos seios, mudanças de humor e até inchaço. Se a fecundação não acontecer, o folículo vai encolhendo dentro do ovário e os níveis de estrogênio e progesterona diminuem, até que o endométrio começa a descamar. É quando a menstruação se inicia e começa o próximo ciclo menstrual. Caso a fecundação aconteça e o embrião grude nas paredes do útero, o corpo começa a produzir o hormônio hCG que mantém o folículo produzindo estrogênio e progesterona em níveis elevados para manter a gravidez até à formação da placenta.
● Azoospermia
● Epididimite, orquite, prostatite ou uretrite
● Distúrbios hormonais
● Uso de anabolizantes
● Varicocele
● Doenças genéticas
● Problemas na ejaculação
● Disfunção erétil
● Vasectomia prévia
AZOOSPERMIA
A azoospermia é definida como a ausência de espermatozoides em pelo menos duas coletas de sêmen, após processamento seminal. Quando na amostra inicial não são encontrados espermatozoides, mas são encontrados após a centrifugação,trata-sede criptozoospermia .
A azoospermia é encontrada em aproximadamente 10 a 15% dos casos de infertilidade e até 1% das pessoas em geral. O espermograma auxilia na identificação da azoospermia, mas para definir a causa da alteração é necessário um conjunto de exames, incluindo exame físico com palpação dos ductos deferentes, avaliação hormonal e, em alguns casos, biópsia testicular.
Após a produção dos espermatozoides nos testículos, eles são armazenados e maturados no epidídimo. Somente depois de maturados é que se deslocam até a vesícula seminal por meio dos canais deferentes, permanecendo até a ejaculação. Qualquer alteração nesse ciclo pode acarretar a azoospermia.
A azoospermia é classificada de acordo com a sua causa:
● Azoospermia obstrutiva: o tipo mais comum, em que há obstrução no local em que o espermatozoide deveria passar, ou seja, eles estão sendo produzidos, porém existe um bloqueio que impede a saída do material ejaculado.
● Azoospermia não-obstrutiva: caracterizada pela alteração da produção de espermatozoides, que pode ser consequência de alguma doença congênita, antecedente de caxumba, uso de radio ou quimioterapia, uso de anabolizantes, criptorquidia ou de traumatismo envolvendo os testículos. Neste caso pode-se ter ejaculação normal, mas não espermatozoides no sêmen.
TRATAMENTO
O tratamento varia de acordo com a causa, podendo ser achado espermatozoides nos epidídimos ou nos testículos com punção ou biópsia, em alguns casos. No entanto, em alguns casos de azoospermia não-obstrutiva, podem não ser encontrados espermatozoides mesmo após biópsia, sendo a utilização de sêmen de doação a opção para os casais que desejam ter filhos.
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