Processamento Seminal

 

 

 

Etapa obrigatória na realização dos tratamentos de FIV/ICSI e IIU, o processamento da amostra seminal consiste na separação dos espermatozoides do líquido seminal, que contém substâncias como as prostaglandinas (lipídios ativos que agem como hormônios) que podem causar reações indesejadas e contrações uterinas intensas. Além disso, substâncias químicas danosas e até mesmo bactérias podem estar na amostra do sêmen. Estas também são removidas para evitar a formação de quadros de infecção na paciente.

Existem dois métodos principais de processamento seminal:

Gradiente descontínuo de densidade

Método mais rápido e comum de separação do sêmen, consiste na aplicação de força centrífuga na amostra, que impulsiona os espermatozoides de melhor qualidade ao topo e os materiais indesejados ao fundo do recipiente. É a técnica que recupera o maior número de espermatozoides móveis, mas não garante necessariamente a melhor taxa de motilidade (capacidade dos espermatozoides de se moverem de forma progressiva) dos gametas recolhidos.

 

Migração ascendente (swim-up)

Esse método utiliza a motilidade dos espermatozoides como principal critério de seleção. Os melhores espermatozoides se desprendem e nadam para a superfície, para então serem recolhidos. Como essa técnica recolhe apenas cerca de 20% do total de espermatozoides móveis da amostra, não é aconselhada nos casos de oligozoospermia (baixa concentração de espermatozoides por ml).