Útero de Substituição

 

 

 

O útero de substituição é também conhecido pelos nomes barriga solidária e  barriga de aluguel, embora esse termo induza ao erro, porque no Brasil ele deve ser voluntário e não pode ser realizado de forma comercial. Trata-se de um método de reprodução assistida que garante à mãe um filho com seu patrimônio genético, mesmo que ela não tenha útero para gestá-lo.

As mulheres que optarem pelo útero de substituição devem estar atentas ao grau de parentesco exigido para este tipo de procedimento. Caso a doadora do útero não tenha parentesco de no mínimo 4º grau com algum dos membros do casal, é preciso solicitar uma autorização para o Conselho Regional de Medicina.

Além de ter que passar por uma série de exames que comprovem que está apta a realizar a substituição do útero, a doadora deve ter no máximo 50 anos e, se for casada ou com união estável, deve apresentar autorização por escrito do parceiro ou da parceira.

As taxas de sucesso deste procedimento são similares às apresentadas em ciclos de Fertilização in Vitro (FIV/ICSI) e Inseminação Intrauterina (IIU), podendo variar de 5 a 55% dependendo da idade da mãe biológica.

O Útero de Substituição é indicado nos seguintes casos:

  • Quando a mulher apresenta ausência de útero, seja por ter nascido sem ou por alguma doença;
  • Quando é identificada alguma anormalidade uterina importante que não permita a gravidez e não possa ser corrigida;
  • Quando a paciente é diagnosticada com alguma doença com risco de morte elevado durante a gravidez.
  • Quando a paciente já tentou algumas vezes a transferência de embriões, mas não conseguiu que a gravidez evolua e suspeita-se que a causa seja por problemas uterinos.

Como o procedimento é feito?

As etapas para o Útero de Substituição são as mesmas da FIV/ICSI, pois os óvulos são coletados do ovário para fertilização em laboratório. Após o acompanhamento preciso dos embriões, eles são transferidos para o útero previamente preparado para recebê-los. Depois a gestação segue de forma natural.

Vale ressaltar que não é possível pular etapas, por isso a necessidade de repetir todas as fases da FIV/ICSI: estimulação ovariana > punção para a coleta dos óvulos > fertilização com o espermatozóide do parceiro > transferência para o útero da doadora em 2,3 ou 5 dias após a punção.